Já há uns dias que entramos no Advento (há duas semanas, mais precisamente) e com ele começa todo um tempo de preparação para o Natal que, entre outras coisas, para mim envolve muitas tradições e actividades caseiras. Uma destas tradições é de decorar a árvore de Natal, montar os presépios (o meu e o da minha mãe) e decorar a casa no dia 1 de Dezembro, aproveitando assim o feriado.
Sucede que este ano dia 1 não foi feriado (nos últimos dois anos também não, mas como calhou no fim de semana não houve grande constrangimento) e por isso a decoração da árvore teve de ser feita em dois dias da semana e os presépios e demais decorações (coroa da porta, centro de mesa, a bonecada que se espalha pela casa…) tiveram de ser feitas este fim de semana.
Ora, o presépio. O meu presépio é daqueles com muitas figuras pequeninas, algumas delas bem velhinhas, e que parece retratar a natividade mais na minha aldeia do que propriamente em Belém: os montes verdes de musgo, os pastores e as ovelhas, o castelo e os moinhos. Ainda hoje me lembro de como, em criança, gostava de brincar com as figuras presépio e que desde então ficou o gostinho por montar todos os anos esta pequena aldeia.
Há dois anos, peguei nas peças todas e decidi dar-lhes uma cara lavada e, às que faltavam membros (resultado de muitos anos e, certamente, das brincadeiras em criança), umas “próteses”. Como tinha ainda um menino Jesus (sem braços), um burro (sem uma orelha), um boi, uma Maria e um José que nunca utilizávamos por estarem em piores condições, restaurei-os também para fazer um presépio mais pequeno para os meus pais.
Tenho a noção que não ficaram perfeitas mas ao menos o anjo já tem asas e as ovelhas já têm todas orelhas, enquanto que o menino Jesus (da casa dos meus pais) parece que tem algo fechado nas mãos que não quer mostrar a ninguém. 😛