Chegou o Advento!

Já há uns dias que entramos no Advento (há duas semanas, mais precisamente) e com ele começa todo um tempo de preparação para o Natal que, entre outras coisas, para mim envolve muitas tradições e actividades caseiras. Uma destas tradições é de decorar a árvore de Natal, montar os presépios (o meu e o da minha mãe) e decorar a casa no dia 1 de Dezembro, aproveitando assim o feriado.

Sucede que este ano dia 1 não foi feriado (nos últimos dois anos também não, mas como calhou no fim de semana não houve grande constrangimento) e por isso a decoração da árvore teve de ser feita em dois dias da semana e os presépios e demais decorações (coroa da porta, centro de mesa, a bonecada que se espalha pela casa…) tiveram de ser feitas este fim de semana.



Ora, o presépio. O meu presépio é daqueles com muitas figuras pequeninas, algumas delas bem velhinhas, e que parece retratar a natividade mais na minha aldeia do que propriamente em Belém: os montes verdes de musgo, os pastores e as ovelhas, o castelo e os moinhos. Ainda hoje me lembro de como, em criança, gostava de brincar com as figuras presépio e que desde então ficou o gostinho por montar todos os anos esta pequena aldeia.

Há dois anos, peguei nas peças todas e decidi dar-lhes uma cara lavada e, às que faltavam membros (resultado de muitos anos e, certamente, das brincadeiras em criança), umas “próteses”. Como tinha ainda um menino Jesus (sem braços), um burro (sem uma orelha), um boi, uma Maria e um José que nunca utilizávamos por estarem em piores condições, restaurei-os também para fazer um presépio mais pequeno para os meus pais.

Tenho a noção que não ficaram perfeitas mas ao menos o anjo já tem asas e as ovelhas já têm todas orelhas, enquanto que o menino Jesus (da casa dos meus pais) parece que tem algo fechado nas mãos que não quer mostrar a ninguém. 😛




Este ano há uma cama no sapatinho

A cama para a sobrinha está finalmente pronta! (*confetis no ar*) Hurray! 😀
No dia 3 deste mês terminei as pinturas e no dia seguinte foi só retirar a fita-cola à volta das rodas e polir os últimos ferros.

Demorou um pouco mais de tempo do que o previsto inicialmente, porque:
– deu mais trabalho do que esperava;
– na noite em que pintei a segunda demão nas primeiras duas peças choveu-lhes em cima (o telhado da casinha onde estava a fazer os trabalhos já é velhinho e mete, literalmente, água) e por isso no dia seguinte tive que lidar com a frustração e carregar tudo para a minha sala e cozinha. Nesta altura, não só reinava o caos nestas divisões como parecia decorrer uma espécie de bailado entre elas. Todas as manhãs, com as torradas e a chávena de café na mão,  tinha de fintar os dois pares de cavaletes com as peças pintadas na noite anterior no centro da cozinha, enquanto de noite trocava as peças pintadas e secas na cozinha pelas que aguardavam a pintura na sala, e lá começava o processo cuidadoso de pintura, de forma a evitar encostar-me numa zona recém pintada.

Ainda nesta secção dos imprevistos está a substituição das rodas originais, que acabou por não acontecer, pois quando retirei a primeira vi não daria para adaptar as novas como pensava.

Bem, o que importa mesmo é que já tenho a prenda de Natal para a mana e cunhado pronta a colocar “de baixo” da árvore de Natal, isto se a sobrinha não nos brindar com uma chegada antes do previsto. Também por este motivo não poderei colocar (para já) o resultado final. Assim, na manhã de Natal ainda haverá um pequeno factor surpresa, pois, apesar de terem acompanhado todo o processo, os quase-papás ainda não viram o resultado final.

Carolina Carpinteirinha, porque a cegonha já se avizinha

A família está a crescer! E parece que entre a cegonha e o Pai Natal, um deles trará a minha sobrinha nos últimos dias deste ano.

Quando soube que ia ser tia ofereci-me para restaurar a cama de grades que foi do meu primo, depois da minha irmã, da minha prima e finalmente minha. Apesar do uso e dos anos, a cama não se encontrava em más condições, apenas necessitava de um estrado e de uma pintura para lhe dar um “novo ar”. Por alturas de Agosto fui buscá-la ao sótão, onde estava guardada, e nas semanas seguintes o pai Vitor (ou neste contexto, o avô Vitor) criou um estrado com umas madeiras que tinha guardadas.

Desde então a estratégia que tenho aplicado é a de aproveitar alguns momentos dos fins de semana e o intervalo semanal entre a chegada a casa e a ida para o ginásio para lixar. Sim, para lixar. Ainda me encontro nesta primeira fase porque a maior parte das superfícies não dá para lixar com a máquina, e mais atrasada estaria se o vizinho Marco não me tivesse aconselhado logo no primeiro dia a lixar apenas superficialmente a tinta (pois estava a lixar até sair toda!).

Mais semana, menos semana e devo chegar à fase das pinturas. Já só me falta a cabeceira e parte que dá para lixar com a máquina (sim, também faz parte da minha estratégia utilizar a lixadeira eléctrica – se é que ela se chama assim – só no final desta fase, para não me fartar das folhas de lixa antes do tempo).

As laterais antes do início dos trabalhos.

A cabeceira e os “pés da cama” antes do início dos trabalhos e atrás o novo estrado.

Quanto aos ferros que unem toda a cama e que fazem as laterais subir e descer, quando fui para tirar a foto “do antes” já a mãe Zita (ou seja, a avó Zita) os tinha polido para tirar a ferrugem. Mas ficaram a brilhar como novos! 😉